domingo, 28 de junho de 2009

Robôs, muitos robôs.





Fui ao cinema ver Transformers 2: A vingança dos Derrotados com o pé atrás, culpa das críticas (na sua maioria negativas). E não é que o filme decepciona mesmo? E a culpa é única e exclusiva do Michael Bay, diretor do filme, que avacalhou com uma franquia que tinha tudo pra ser umas das mais divertidas a surgir nesta década.

Quando o primeiro Tranformers estreou (2007), trouxe de volta à mídia uma esquecida série de desenho dos anos 80 - e a trouxe de forma excelente! Tinha tudo no filme: ação na dosagem certa, boas piadas, referências à cultura pop (Strokes, lembram?), personagens carismáticos, aaaaaaaaaand a melhor coisa, MEGAN FOX. O filme fez um sucesso enorme, desde nãrds hardcore até o público comum, dando a Michael Bay carta branca pra começar a produção do segundo capítulo da franquia.

A impressão que deu nesse segundo filme foi que o diretor quis dar uma pimpada em tudo que deu certo no primeiro, exagerando na dose. A ação se dá de forma corrida, não dando espaço para o roteiro se desenvolver e o espectador criar uma relação de afinidade com os personagens (o que é MUITO importante em um filme de aventura), tendo como exceções os Autobots: Optimus Prime e Bumblebee, que esbanjam simpatia. Prime por ser um líder justo e bravo e Bee por ser legal e amável com seu dono Sam Witwicky, interpretado por um caricato Shia LaBeouf . Mas a coisa que mais me incomodou ao longo das quase duas horas de filme foi a forma como a câmera gira pra todo o lugar nas sequências de ação, e até mesmo nas cenas que deveriam ter um plano parado e único a câmera fica girando. Os novos personagens não convencem (e surgem aos montes) e o vilão também não. O mérito de atuação fica com o ator John Torturro que dosa perfeitamente a comédia com a emoção, uma pena seu personagem demorar tanto a aparecer na tela.

Engraçado que mesmo o filme sendo um fiasco, a bilheteria está excelente, ameaçando por pouco bater o Cavaleiro das Trevas de Nolan. Injustiça, Star Trek ainda merece ser considerado o filme de ação do ano.

Dica: Levem um saquinho de vômito e sejam felizes.


Olááááá, Megan Fox.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Top 5: Gatas Fatais (HQs)






5 – Mulher Gato

Selina Kyle é uma ladra (a melhor de Gotham City), mas se você tentar atrapalhar o trabalho dela, poderá se dar mal. A Mulher Gato não segue nenhum código moral, então, procure ficar o mais longe possível da vilã mais sexy do Batman, ou acabará virando ração de gatinho.



4 - Mulher – Maravilha

A parte feminina da tríade de Super–Heróis da DC, Princesa Diana é a Amazona enviada pelos Deuses para manter a paz no mundo dos humanos. Sorte a nossa, caso contrário estaríamos em grandes problemas.


3 – Elektra

A ninja mais letal do mundo. Elektra foi criada por Frank Miller para ser uma antagonista (par romântico) para o Demolidor. O sucesso foi tão grande, que hoje em dia a anti-heroína tem sua própria revista. Como boa ninja que é, Elektra não hesita em matar, isso a torna uma assassina excepcional e já deu muito trabalho para os heróis da Marvel.



2 – Vampira

Anna Marie, conhecida como Vampira, tem a habilidade de sugar a energia vital das pessoas em que toca. Quer poder mais letal que esse?

1 – Morte

Você encontra a irmã do Morpheus em dois momentos da sua vida, quando nasce e quando morre. É uma pena, pois ela é tão adorável que a vontade de todo mortal é ter a Morte como melhor amiga.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Discografia Básica: Kid A




“Uma monumental covardia”, foi isso que os irmãos Gallaghers falaram sobre o Kid A na época de seu lançamento (Outubro, 2000). A opinião dos sempre rabugentos irmãos ingleses reflete bem o que boa parte do público recém conquistado pelo Radiohead sentiu. Explico, a banda de Thom Yorke estava no auge do seu sucesso comercial, mérito do Ok Computer (1997), que havia conquistado diversas camadas de fãs, e o que todos esperavam ,era que o grupo lançasse outro disco na mesma linha do anterior, para assim, conquistar de vez o título de maior banda do planeta. Não é exagero, Ok Computer vendeu bem, muito bem e tocou bastante, influenciando diversas bandas a criarem um som naquela moldura, uma espécie de música depressiva-crítica-futurista.

Mas acontece que o Radiohead não queria ser a maior banda do planeta, eles só queriam continuar fazendo música, a música que os desse tesão e vontade de continuar nesse ramo. Thom Yorke confessou que estava cansado da sua voz, GreenWood (guitarrista) não queria mais saber do seu instrumento, enfim, as coisas estavam naturalmente caminhando pro caminho oposto ao que se espera de uma banda com um grande disco nas costas.

É meio parecido com o que os Beatles fizeram nos anos 60. A banda de Liverpool liderava a invasão britânica e quando o sucesso já estava mais do que garantido, eles quebraram a obviedade e lançaram o Sgt. Peppers, que é simplesmente um álbum experimental, sem pretensão de ser reproduzido ao vivo (até mesmo porque na época seria impossível), o sucesso estrondoso foi conseqüência da marca Beatles, e, lógico do talento dos músicos (com uma little help do George Martim), e acredite, ainda hoje tem “fãs” dos Beatles que não entendem nada além da fase iê-iê-iê. Mas isso é história pra outro post.

Voltando ao assunto, o Brit Pop nos anos 90 não foi nada mais do que uma nova versão da invasão inglesa (uma resposta inglesa ao rock feito nos Estados Unidos), e não, o Radiohead não seriam os Beatles, o Oasis seria. Mas eles não fizeram nada de inovador, lançar discos ruins não conta, diversas outras bandas de sucesso fazem isso até hoje. O Blur bem que tentou, em 97 lançou um disco com grande influência do rock americano (auto-sabotagem?), mas o resultado não foi tão impactante, talvez porque a banda não soube a hora certa de fazer essa “mudança”, não há como saber. O Radiohead acertou em tudo, no timing e no tipo de mudança, Kid A transpira novidade e excitação.

O Disco abre com “Everything in it’s right place”, onde, um sintetizador toca devagar e barulhinhos estranhos o seguem, daí do nada, como se fosse qualquer outro instrumento, Thom Yorke emula sua voz à melodia, tornando-se parte daquela construção de sentidos sem sentido. The National Anthem” começa com um forte riff de baixo que se segue por toda a música , até chegar ao auge, um solo gritante, que diferente do convencional, não é feito por uma guitarra, e sim, por instrumentos de sopro. Mas um exemplo de genialidade do disco é “Idioteque”, a música mais dançante (?) do álbum é justamente uma das poucas onde a letra quer dizer alguma coisa, não apenas servindo de complemento instrumental.

Enfim, eu demorei a entender o Kid A. Você poderá demorar também. Mas com certeza nossos filhos irão entender de primeira.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Blur Returns.





Há pouco mais de 6 meses eles anunciaram o retorno, e, desde sábado passado, o retono é realidade,BLUR IS BACK! O show de volta aconteceu dia 13 de Junho na Inglaterra, pelos vídeos postados na internet pode-se concluir algumas coisas importante:

1 – Eles estão se divertindo.

2 – Estão Tiozões de Pub.

3 – Damon Albarn gordinho é muito tr00.

4 – A volta não parece ser nada caça-níquel.

5 - O SET LIST ESTÁ SENSACIONAL!



Pra quem não acompanhou a saga desse esperado retorno, é bom saber que, há 9 anos, o Graham Coxon (guitarrista) abandonou a banda por desentendimentos com o Albarn (vocalista) e desde então, tocou sua carreira solo pra frente. Depois da saída de Coxon, o Blur lançou apenas mais um disco, o mediano Think Tank de 2003. Depois desse disco, Albarn criou o divertido - e porque não revolucionário? - Gorillaz, e pouco tempo atrás o excelente The Good, The Bad and The Queen. Mas agora, depois de muitas especulações, a volta é realidade para os fãs (me incluam aí), e o grande show acontecerá no dia 28 de Julho no Glastonbury.

Assistam o vídeo de Parklife e comprovem o clima de descontração entre amigos, sem nem um pouco do estrelismo esperado para uma volta deste porte.

Um disco novo pode sair e um showzinho no Brasil não seria nada mal.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Top 5: Românticos não convencionais.


5º Lugar: Eddie Vader (Pearl Jam) - Wishlist


Provando que um grunge sujo pode amar, Mr. Eddie Vader canta desejos de ser um homem sempre melhor para sua amada.






4º Lugar: Bob Dylan - I want you




O simples fato de se querer alguém é bastante direto. Não com o Dylan louco de 66, aqui ele tranforma um desejo simples em uma música onírica cheia de viagens e citações obscuras de uma mente perturbada.




3º Lugar: Ringo Starr (Beatles) - Octupus's Garden





O mais Loser dos Beatles cria um lugar onde poderá ter paz com sua amada. E o lugar é Under The Sea...mais absurdo impossível.






2º Lugar: Graham Coxon (Blur) - You're So Great





Triste, sem sono e bêbado, Graham escreveu a canção de amor mais linda do Brit Pop.




1º Lugar: Syd Barrett - Love You








Sidão Barreto era tudo, menos romântico. É ai que você se engana, o ex- líder do Pink Floyd tem um punhado de canções de amor que fariam até McCartney ficar envergonhado. Em Love You, ele dissolve esse amor todo no ácido e a viagem é curta...mas intensa.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Wolverine Begins, MESMO!








Nos anos 80, os quadrinhos de super-heróis chegaram ao auge. O porque disso é simples, pela primeira vez os heróis eram tratados como pessoas normais, com frustrações, limitações e desejos nem sempre tão altruístas. Nada de Super-Man, quem vendia mesmo na DC era o Batman. Nada de Capitão América quem comandava as melhores histórias da Marvel eram os X-Men e o Demolidor. Sem contar os novos heróis (anti-heróis) e as graphics novels com temas sérios que também vendiam bem e elevavam o conceito que as pessoas comuns tinham em relação às historias em quadrinhos. Pra se ter uma idéia a revista Rolling Stone indicava a leitura de O Cavaleiro das Trevas como algo indispensável para ser considerado cool na época.

Os culpados por elevar o conceito de história em quadrinhos eram os novos autores, jovens que haviam passado a infância e a adolescência lendo e relendo as revistas de seus heróis prediletos. Alan Moore, Neil Gaiman, Frank Miller são os mais importantes autores de quadrinhos dessa época. Mas um cara tinha começado a nova leva de boas histórias um pouco antes, Chris Claremont, responsável por 16 anos à frente do titulo principal dos X-Men ( 1976-1991).


Foi Chris Claremont o responsável pela popularização do Wolverine, que vinha ganhando cada vez mais destaque no universo Marvel (lembrando que o personagem havia sido criado como um antagonista para o Hulk), tendo a idéia de pela primeira vez fazer o anti-herói estrelar uma história só sua. Então, em 1982, recrutou Frank Miller - que havia salvo o título do Demolidor de entrar no limbo editorial, e escreveu uma minissérie em 4 partes sobre o relacionamento definitivo do Wolverine com o Japão.

E é essa mini que a Panini relança agora em capa dura e excelente qualidade, na cola do péssimo filme X-Men Origens: Wolverine. Na história Logan vai ao Japão encontrar um grande amor do passado que está se casando, e se mete em grande encrenca com o Tentáculo, gangue ninja que Miller havia criado na introdução da bela Elektra nas historias do Demolidor. O mais curioso é que a partir dessa mini, Wolverine começa a ter seu passado moldado, quando descobrimos que o mesmo já teve um passado no Japão e é considerado um Samurai Defeituoso (por tentar manter um código de honra, mas não conseguir), e ter vivido uma grande paixão por lá.

No encadernado da Panini ainda se encontra dois números de Uncanny X-men, contando a repercussão da mini nas histórias da equipe do Prof. Xavier. O mais legal é saber como andava a equipe naquela época, pouco depois da clássica saga da Fênix. Enfim, Eu, Wolverine é leitura obrigatória para os fãs de quadrinhos.


Eu, Wolverine custa R$26,90, tem 148 páginas e pode ser encontrada tanto em bancas quanto em livrarias.



Wolvie Pop Art

quarta-feira, 10 de junho de 2009

E a verdade é: o Kasabian me pegou de surpresa.







Juro que não esperava mais nada dessa banda que me fez tão feliz em 2004 e ainda me fez cantarolar em 2006 (Shoot the runner, shoot shoot the runner...). Quando o disco novo vazou[Kasabian: The West Rider Pauper Lunatic Asylum,Inglaterra, 2009] peguei pra ouvir sem compromisso algum e ainda dei uma pequena ignorada na primeira vez que ouvi, mas depois percebi que “Fast Fuse” era uma porrada na cara de todo mundo que não esperava mais nada do grupo, e lembrei que as melhores coisas aparecem de onde não se espera mais nada.


Kasabian surgiu no início dos anos 00, época em que a mídia voltava toda sua atenção para as bandas indies que surgiam e lançavam seus primeiros discos; Bloc Party, Clap Your Hands Say Yeah, Arcade Fire,We are Scientists, Arctic Monkeys, entre diversas outras. Tudo culpa dos Strokes, não se esqueça disso. O que fazia a diferença eram as músicas de pista com conteúdo, que a banda fez questão de demonstrar em suas letras e clipes, algo como os Stone Roses no início dos anos 90.

Com o disco novo, a dupla cabeça da banda, Tom Meighan e Sergio Pizzorno (outra semelhança com o Stone Roses que também tinha uma dupla como principais idealizadores) conseguem manter o padrão Kasabian de qualidade. Abrindo com a desafiante "Underdog", sendo seguida da reflexiva "Where did all the love gone", tem ainda a fúria de "Fast Fuse", a participação da atriz nerdpracacete Rosario Dawson em "West rider silver bullet" e termina com a beleza de uma balada do Kinks em "Happiness", o disco desce redondo tanto em casa quanto em qualquer festinha com os amigos.

O clipe do (Excelente) Single "Fire" :

terça-feira, 9 de junho de 2009

Prefácio.

Blog novinho, novinho.

Tô cheio de idéias pra por em prática. Espero mesmo que consiga fazer tudo que quero com esse blog e mantê-lo na ativa por muito tempo. Aqui vocês lerão resenhas e/ou indicações sobre CDs, Quadrinhos, Séries, Animes, etc. Cultura Pop em geral, ou qualquer outra coisa que dê na cabeça encaracolada deste que vos fala.

Prometo em breve postagens sobre o CD novo do Kasabian e a edição especial Eu, Wolverine de Chris Claremont e Frank Miller.