quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sonic Youth é Eterno.



O que faz um bom disco do Sonic Youth ser realmente bom? Melodias dissonantes carregadas de guitarras? Noise Rock? Power Pop grudento? Kim Gordon gritando? Sim, essas coisas combinadas criaram clássicos nos anos 80 e 90 (Evol, Daydream Nation, Goo, Dirty), e agora surgem mais uma vez criando mais um clássico para a coleção da banda, The Eternal.

Sonic Youth surgiu no início dos anos 80, metidos no meio de bandas da cena New Wave, mas não tinha muito a ver com o estilo de rock que essas bandas tocavam. Estavam à frente do seu tempo. Primeiro discão deles - já com todas as fórmulas sonicyouthas moduladas - foi o Evol de 1986, mas foi o Daydream Nation (1988) que consolidou o sucesso de público (adolescentes que passavam o dia andando de skate e fumando maconha) e da crítica (considerando o disco um marco para o novo rock independente dos EUA). Com o sucesso conseguido dentro da cena indie americana, as gravadoras abriram seus olhos para bandas novas que surgiam aos montes em New York, mas a mina de ouro foi mesmo encontrada em outra cidade: Seattle. Mas até no Grunge o Sonic teve sua influência. Kurt Cobain (maior expoente do movimento) era fã declarado da banda, e sabia que boa parte das oportunidades que teve foi por causa da abertura conseguida pelo Sonic Youth.

Em The Eternal, as características marcantes do grupo estão confirmadas e executadas de forma brilhante e bem dosada. O disco já começa bem, com Kim Gordon assumindo os vocais em "Sacred Trickster". Uma coisa interessante neste disco é que os vocais são bem mais alternados que o de costume, Thurston Moore, Lee Ranaldo e Kim Gordon dividiram bem suas funções, e já na segunda faixa, "Anti - Orgasm", os três cantam alternadamente, deixando ainda espaço para as guitarras conversarem uma com a outra. "Antenna" é radiofónica sem querer ser, e tem o refrão mais grudento do CD. Em vários momentos as músicas lembram os discos clássicos Goo e Dirty :"What we know"; "Calming the Snake"; "Malibu Gas Station" são alguns exemplos. E pra fechar, uma viagem de mais de 9 minutos ("Massage the History") nos faz ter certeza absoluta que acabamos de ouvir um disco indispensável para a discografia da banda.

The Eternal prova que o Sonic Youth é atemporal no que faz, entrando para a requisitada galeria de bandas eternas.


2 comentários:

  1. quero saber é do link. todo blog que se preza, posta a resenha dos cds e o link pra download, beibe :D
    /alhinhê.

    ResponderExcluir
  2. Aí o link: http://up-file.com/download/400e3ef59184f96db5efa4fb36174318a

    ResponderExcluir