quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Top 5: Novas séries que você PRECISA assistir.




5º Lugar: Bored to Death

Uma comédia Noir que tem como personagem principal um loser bem atípico. Jonathan Ames é um escritor falido, que tendo apenas escrito um livro se vê com dificuldades em escrever um segundo romance. A solução para seu problema? Por ser fã de livros de detetive, ele decide trabalhar nessa área e conseguir uma certa inspiração. Com as dicas - e ajudas - do seu melhor amigo, Ray Hueston (o gordinho de "Se beber, não case") e do seu chefe George Christopher (Ted Danson), Jason acaba se metendo nos casos mais inusitados que você vai ver nessa temporada. Ah, a abertura é sensacional.



4º Lugar: Flash Forward

Flash Forward tem como missão ser a sucessora de Lost, afinal, foi assim que a BBC a divulgou. Até agora a série se mantém mediana, mas os episódios estão ficando melhores de maneira gradativa. Nada comparado (ainda?) ao "Boom" que Lost causou e causa até hoje A história aqui é a seguinte: No dia 6 de outubro de 2009 a humanidade inteira apagou por 2min e 17s, durante o blackout as pessoas viram o futuro. Acompanhamos o caso do Agente do FBI Mark Benford (Joseph Fiennes), que em seu "flashforward" se viu resolvendo a causa do acidente. A grande perda da série é a falta de personagens carismáticos, e o desenvolvimento lento de seus conflitos. Mas demos uma chance ao seriado, tem tudo pra melhorar! PS: A trilha sonora surpreende.



3º Lugar: V : Visitors

Ficção Científica baseada na clássica série original de 1983 que acabou sendo cancelada antes de ter uma conclusão. Essa série tem tudo pra dar certo, ótimas atuações, efeitos especiais convincentes para o nível "TV" e uma mitologia que pode deixar qualquer nerd bitolado. Tem seus momentos clichês (tipo, dar as costas e logo em seguida socar o cidadão que se encontra à sua frente), mas nada que comprometa o andamento da narrativa. A história parece ser simples: Alienígenas estacionam suas espaçonaves em cima das principais cidades do mundo, enviando mensagens de paz, amor e harmonia. Já no 1º episódio descobrimos que as coisas não são bem assim, e alguns personagens acabam descobrindo a "verdade". Não vou falar muita coisa pra não estragar, mas assistam! PS: Juliet eu vou sempre te amar. (L)



2º lugar: Modern Family

Modern Family é um daqueles casos de seriado que nos conquista no primeiro episódio, basicamente TODOS os personagens são carismáticos e com certeza você já passou por situações parecidas com as quais a série retrata tão bem. Três núcleos familiares intercalam a narrativa da série, e cada um tem sua particularidade: Temos o casal homossexual que adotam uma garotinha asiática, um coroa que acaba de se tornar pai novamente ao ter que criar o filho de sua nova esposa,uma latina fogosa de sangue fervente e finalmente um - aparentemente - normal núcleo familiar (pai, mãe, filhos) que acaba sendo o mais maluco dos três. Destaque para Ty Burrel que no papel do pai comum rouba a cena entrando para o hall de personagens memoráveis do "naipe" de Michael Scott (The Office, sério). Aliás a forma em que a história é contada também lembra muito o estilo "reallity show" de The Office.



1º Lugar: Glee

Você pode até duvidar que uma série que mostre adolescentes cantando e dançando em plena escola seja boa. Mas é boa, é excelente! O clube Glee estava acabado até o professor Will Shuester (Matthew Morrison) resolver trazer de volta a glória dos dias passados, em que o clube musical era o expoente máximo de popularidade da escola. Ao convocar os alunos com algum talento para música, o máximo que o professor consegue são os fracassados da escola, destaque para Rachel (Lea Michelle) que tem a melhor apresentação de personagem que eu já vi na vida (ok, a segunda.Nada supera a apresentação do Desmond). O resto dos componentes do clube também conseguem conquistar o público, e sempre é descoberto algo inusitado sobre eles. As apresentações e versões para canções atuais e clássicos são o charme principal do seriado. Segunda temporada mais que confirmada, pra um artista ser considerado cool nos EUA vai ter que ter uma música na versão do pessoal de Glee. A Beyoncé já teve e com ajuda do time de Futebol.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

E a Pixar eleva a animação às alturas (mais uma vez).


Desde que o primeiro Toy Story foi lançado (em 1995) que a Pixar nos faz acreditar que a animação totalmente feita em computação gráfica - e agora também em 3D - é a melhor parte da evolução do cinema. As animações do estúdio tratam de assuntos complicados, difíceis de se encontrar em filmes direcionados para crianças (Wall-e e sua severa crítica sobre o futuro da humanidade comprova isso). Em Up - Altas Aventuras, mais um elemento complicado é tratado com estilo, sensibilidade e acima de tudo, sinceridade. A velhice vista no filme é real, qualquer pessoa conhece um senhor que perdeu sua esposa e vive sozinho, emergido em memórias do passado. Favor não confundir com Gran Torino.

Up começa de forma magistral narrando em flashback a história de Fredricksen e Ellie, o casal base para todo o desenvolver do filme. Após a perda da companheira (cena linda), o velhinho passa a morar sozinho na casa onde sempre dividiu com sua amada. Casa que é o maior elo de ligação dele com Ellie, existem outros elos, mas acho que a casa é o mais importante deles.
É justamente com a casa que Fredricksen decide realizar o sonho de infância de sua amada, desbravar as terras selvagens da América do Sul. Com a ajuda inesperada do gordinho escoteiro - Russel - a aventura de uma vida (ou do fim de uma) é iniciada. Fredricksen e Russel já podem entrar pro hall das melhores duplas dinâmicas do mundo pop, a diferença de idade e o modo dos dois lidar com determinadas situações seguram o ritmo do filme e criam ótimas piadas. A adição de um vilão inesperado e os animais codjuvantes são bem - vindas, mas a dupla principal é a grande graça do filme, impossível não torcer pelos dois.
Os conflitos encontrados nos dois personagens também engrandecem o elo com o público, um velhinho tentando dar sentido a sua vida e uma criança querendo chamar atenção do pai ausente.

UP é um daqueles filmes que marcam e nos trazem uma mensagem boa, de vida mesmo. Algo que alguns filmes "sérios" tentam, mas no mercado cinematográfico de hoje só a Pixar consegue fazer isso com propiedade e sem parecer forçado. Mal posso esperar pela próxima animação...




quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Evolução sim, descaracterização não.



Falar que o novo cd do Arctic Monkeys (Humbug, EMI, 2009) é um amadurecimento no som da banda é besteira, uma grande besteira. Desde o primeiro disco (Whatever People say i am, that's what i'm not) que é notável o talento do grupo em criar músicas de pegada rápida, letras cheias de ironias, dançantes, melosas, pop chiclete...enfim, um daqueles raros casos de bandas que nascem prontas. E o que se viu no segundo disco (Favorite Worst Nightmare)? Uma sutil (?) evolução nas fórmulas emuladas por Alex Turner e companhia, ignorando a "síndrome do segundo disco".

E por que agora todo mundo estranha o terceiro cd? A pegada rápida sumiu? Não. Letras irônicas? Ainda estão lá. Dançantes? De certa forma, ainda estão lá também.
O problema para o não entendimento do Humbug é a forma como o trabalho está sendo promovido. Tendo como parte da produção o vocalista do Queens of the Stone Age, Josh Homme, a "imprensa" quer nos fazer acreditar que Homme vai transformar os Macacos em uma banda de Stone Rock. O que, de fato, não aconteceu.

O Humbug é um apanhado de influências e características que fãs da banda podem facilmente reconhecer. Lembro que a primeira coisa que li sobre o disco foi o Turner falar que o novo trabalho seria inspirado no Black Sabbath, um enorme WTF foi tudo que pude expressar, mas após ouvir "Pretty Visitors" entendi o que o vocalitsa queria dizer. A 9ª faixa do disco começa com um tecladão digno dos encontrados nos vinis dos anos 70 e em seguida a pegada arcticmoniana aparece e deixa tudo coerente, para mim "Visitors" resume o disco, e tem lá seus momentos Sabbath. Mas não é minha preferida. "Crying Lightning", "Secret Door", "Potion Approatching" e "Cornerstone" são as mais completas faixas do Humbug (aaaand minhas preferidas). "Crying" é tão climática que não precisava nem de vocal. "Secret" é um perfeito resultado de duas das melhores características da banda: as baladas e o ritmo dançante levados a pulso por uma linha de baixo marcante. "Potion" é a mais Stoner do disco (junto com "My Propeller), e deve ter deixado Homme orgulhoso. "Cornerstone" é uma daquelas músicas que nos conquista de primeira e dá vontade de cantar junto ( produzida por James Ford, mas graças a Deus sem o forçado clima "pomposo" tentado no Last Shadow Puppets) .
As faixas mais fracas do disco são as confusas "Fire and the Thud" e "The Jeweller's hands". E um caso complicado é "Dance little liar" que fica à sombra de sua irmã gêmea "Do me a favor", uma das melhores músicas do FWN.

Humbug prova o porque do Arctic Monkeys ser uma das mais respeitáveis bandas da geração Strokes. De forma concisa a banda consegue mostrar sua evolução sem desrespeitar seus fãs. Que agradecem.

Apresentação de "Crying Lightning" no programa do Jimmy Falon:

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Selinhos, Poções e No Rock'n Roll





Tive que assistir Harry Potter e o Enigma do Príncipe duas vezes para poder fazer uma resenha imparcial, mas agora que vou escrever cheguei à conclusão que será ímpossivel, sou fã da série. Mas vamos lá, a essa altura todo mundo que queria ver o filme já deve ter visto, então nada me impede de spoilear à vontade.

O Sexto filme da série e o segundo com a direção de David Yates (Ordem da Fênix) começa de forma categórica, resumindo bem o que aconteceu após o incidente no Ministério da Magia, mostra Harry e Dumbledore virando notícia e confirmando o que Potter tentava mostrar à comunidade bruxa desde o 1º livro: Voldemort está de volta e mais determinado do que antes. A partir dessa cena, o filme toma um rumo diferente do esperado por quem leu o livro; Harry pegador! A idéia é boa (admito) mas totalmente desnecessária no contexto do livro, que tem como função ser o prelúdio do "pra valer" que é (será) o último filme, dividido em duas partes pela Warner e dirigido pelo mesmo Yates.

Essa cena de Harry sendo paquerado por uma garçonete pontua o início do clima descontraído que outras cenas serão tratadas, algumas vezes acertadas (Rony e o Quadribol/ Rony e Lilá Brown) e outras vezes constragedoras (Harry sobre efeito da poção Felix/ e todas as outras cenas centradas nos relacionamentos adolescentes, em especial, Harry e Gina). A parte mais "séria" e importante para o desenrolar da trama até que funciona bem pra quem não leu o livro, mas para quem leu é IMPOSSÍVEL não ficar indignado com A Toca sendo queimada ou com a falta de participação da Armada de Dumbledore na batalha de Hogwarts. Cenas que seriam crucias para um filme perfeito também ficou de fora, como o enterro de Dumbledore e a confusa (?) explicação sobre as Horcruxes, tema central no próximo filme.

Imagino que não seja fácil dirigir uma super franquia desse porte, o estúdio deve dar palpite no roteiro, a autora (J.K. Rowling) não quer ver seus personagens descaracterizados e os fãs querem ver suas cenas preferidas na tela. Tarefa complicada, que na minha opinião, só foi cumprida com estilo por Alfonso Cuarón em o Prisioneiro de Azkaban. E que Yates não conseguiu cumprir com o Enigma do Príncipe, ao final do filme o telespectador não sabe se fica com raiva ou satisfeito. Mas enfim, minha opinião parece que não foi a mesma do público geral, o filme já bateu o recorde de bilheteria no mundo todo, ultrapassando o Cavaleiro das Trevas.

Fico agora SUPER receoso com a conclusão da franquia, e afirmo com toda certeza, nunca mais irei a uma pré-estréia de Harry Potter! Os tempos mudaram e hoje em dia os "fãs" só ligam para...sei lá para o que aquele povo ligava. O filme que não era, acho que o hype é maior do que a adaptação neste caso...




quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sonic Youth é Eterno.



O que faz um bom disco do Sonic Youth ser realmente bom? Melodias dissonantes carregadas de guitarras? Noise Rock? Power Pop grudento? Kim Gordon gritando? Sim, essas coisas combinadas criaram clássicos nos anos 80 e 90 (Evol, Daydream Nation, Goo, Dirty), e agora surgem mais uma vez criando mais um clássico para a coleção da banda, The Eternal.

Sonic Youth surgiu no início dos anos 80, metidos no meio de bandas da cena New Wave, mas não tinha muito a ver com o estilo de rock que essas bandas tocavam. Estavam à frente do seu tempo. Primeiro discão deles - já com todas as fórmulas sonicyouthas moduladas - foi o Evol de 1986, mas foi o Daydream Nation (1988) que consolidou o sucesso de público (adolescentes que passavam o dia andando de skate e fumando maconha) e da crítica (considerando o disco um marco para o novo rock independente dos EUA). Com o sucesso conseguido dentro da cena indie americana, as gravadoras abriram seus olhos para bandas novas que surgiam aos montes em New York, mas a mina de ouro foi mesmo encontrada em outra cidade: Seattle. Mas até no Grunge o Sonic teve sua influência. Kurt Cobain (maior expoente do movimento) era fã declarado da banda, e sabia que boa parte das oportunidades que teve foi por causa da abertura conseguida pelo Sonic Youth.

Em The Eternal, as características marcantes do grupo estão confirmadas e executadas de forma brilhante e bem dosada. O disco já começa bem, com Kim Gordon assumindo os vocais em "Sacred Trickster". Uma coisa interessante neste disco é que os vocais são bem mais alternados que o de costume, Thurston Moore, Lee Ranaldo e Kim Gordon dividiram bem suas funções, e já na segunda faixa, "Anti - Orgasm", os três cantam alternadamente, deixando ainda espaço para as guitarras conversarem uma com a outra. "Antenna" é radiofónica sem querer ser, e tem o refrão mais grudento do CD. Em vários momentos as músicas lembram os discos clássicos Goo e Dirty :"What we know"; "Calming the Snake"; "Malibu Gas Station" são alguns exemplos. E pra fechar, uma viagem de mais de 9 minutos ("Massage the History") nos faz ter certeza absoluta que acabamos de ouvir um disco indispensável para a discografia da banda.

The Eternal prova que o Sonic Youth é atemporal no que faz, entrando para a requisitada galeria de bandas eternas.


domingo, 28 de junho de 2009

Robôs, muitos robôs.





Fui ao cinema ver Transformers 2: A vingança dos Derrotados com o pé atrás, culpa das críticas (na sua maioria negativas). E não é que o filme decepciona mesmo? E a culpa é única e exclusiva do Michael Bay, diretor do filme, que avacalhou com uma franquia que tinha tudo pra ser umas das mais divertidas a surgir nesta década.

Quando o primeiro Tranformers estreou (2007), trouxe de volta à mídia uma esquecida série de desenho dos anos 80 - e a trouxe de forma excelente! Tinha tudo no filme: ação na dosagem certa, boas piadas, referências à cultura pop (Strokes, lembram?), personagens carismáticos, aaaaaaaaaand a melhor coisa, MEGAN FOX. O filme fez um sucesso enorme, desde nãrds hardcore até o público comum, dando a Michael Bay carta branca pra começar a produção do segundo capítulo da franquia.

A impressão que deu nesse segundo filme foi que o diretor quis dar uma pimpada em tudo que deu certo no primeiro, exagerando na dose. A ação se dá de forma corrida, não dando espaço para o roteiro se desenvolver e o espectador criar uma relação de afinidade com os personagens (o que é MUITO importante em um filme de aventura), tendo como exceções os Autobots: Optimus Prime e Bumblebee, que esbanjam simpatia. Prime por ser um líder justo e bravo e Bee por ser legal e amável com seu dono Sam Witwicky, interpretado por um caricato Shia LaBeouf . Mas a coisa que mais me incomodou ao longo das quase duas horas de filme foi a forma como a câmera gira pra todo o lugar nas sequências de ação, e até mesmo nas cenas que deveriam ter um plano parado e único a câmera fica girando. Os novos personagens não convencem (e surgem aos montes) e o vilão também não. O mérito de atuação fica com o ator John Torturro que dosa perfeitamente a comédia com a emoção, uma pena seu personagem demorar tanto a aparecer na tela.

Engraçado que mesmo o filme sendo um fiasco, a bilheteria está excelente, ameaçando por pouco bater o Cavaleiro das Trevas de Nolan. Injustiça, Star Trek ainda merece ser considerado o filme de ação do ano.

Dica: Levem um saquinho de vômito e sejam felizes.


Olááááá, Megan Fox.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Top 5: Gatas Fatais (HQs)






5 – Mulher Gato

Selina Kyle é uma ladra (a melhor de Gotham City), mas se você tentar atrapalhar o trabalho dela, poderá se dar mal. A Mulher Gato não segue nenhum código moral, então, procure ficar o mais longe possível da vilã mais sexy do Batman, ou acabará virando ração de gatinho.



4 - Mulher – Maravilha

A parte feminina da tríade de Super–Heróis da DC, Princesa Diana é a Amazona enviada pelos Deuses para manter a paz no mundo dos humanos. Sorte a nossa, caso contrário estaríamos em grandes problemas.


3 – Elektra

A ninja mais letal do mundo. Elektra foi criada por Frank Miller para ser uma antagonista (par romântico) para o Demolidor. O sucesso foi tão grande, que hoje em dia a anti-heroína tem sua própria revista. Como boa ninja que é, Elektra não hesita em matar, isso a torna uma assassina excepcional e já deu muito trabalho para os heróis da Marvel.



2 – Vampira

Anna Marie, conhecida como Vampira, tem a habilidade de sugar a energia vital das pessoas em que toca. Quer poder mais letal que esse?

1 – Morte

Você encontra a irmã do Morpheus em dois momentos da sua vida, quando nasce e quando morre. É uma pena, pois ela é tão adorável que a vontade de todo mortal é ter a Morte como melhor amiga.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Discografia Básica: Kid A




“Uma monumental covardia”, foi isso que os irmãos Gallaghers falaram sobre o Kid A na época de seu lançamento (Outubro, 2000). A opinião dos sempre rabugentos irmãos ingleses reflete bem o que boa parte do público recém conquistado pelo Radiohead sentiu. Explico, a banda de Thom Yorke estava no auge do seu sucesso comercial, mérito do Ok Computer (1997), que havia conquistado diversas camadas de fãs, e o que todos esperavam ,era que o grupo lançasse outro disco na mesma linha do anterior, para assim, conquistar de vez o título de maior banda do planeta. Não é exagero, Ok Computer vendeu bem, muito bem e tocou bastante, influenciando diversas bandas a criarem um som naquela moldura, uma espécie de música depressiva-crítica-futurista.

Mas acontece que o Radiohead não queria ser a maior banda do planeta, eles só queriam continuar fazendo música, a música que os desse tesão e vontade de continuar nesse ramo. Thom Yorke confessou que estava cansado da sua voz, GreenWood (guitarrista) não queria mais saber do seu instrumento, enfim, as coisas estavam naturalmente caminhando pro caminho oposto ao que se espera de uma banda com um grande disco nas costas.

É meio parecido com o que os Beatles fizeram nos anos 60. A banda de Liverpool liderava a invasão britânica e quando o sucesso já estava mais do que garantido, eles quebraram a obviedade e lançaram o Sgt. Peppers, que é simplesmente um álbum experimental, sem pretensão de ser reproduzido ao vivo (até mesmo porque na época seria impossível), o sucesso estrondoso foi conseqüência da marca Beatles, e, lógico do talento dos músicos (com uma little help do George Martim), e acredite, ainda hoje tem “fãs” dos Beatles que não entendem nada além da fase iê-iê-iê. Mas isso é história pra outro post.

Voltando ao assunto, o Brit Pop nos anos 90 não foi nada mais do que uma nova versão da invasão inglesa (uma resposta inglesa ao rock feito nos Estados Unidos), e não, o Radiohead não seriam os Beatles, o Oasis seria. Mas eles não fizeram nada de inovador, lançar discos ruins não conta, diversas outras bandas de sucesso fazem isso até hoje. O Blur bem que tentou, em 97 lançou um disco com grande influência do rock americano (auto-sabotagem?), mas o resultado não foi tão impactante, talvez porque a banda não soube a hora certa de fazer essa “mudança”, não há como saber. O Radiohead acertou em tudo, no timing e no tipo de mudança, Kid A transpira novidade e excitação.

O Disco abre com “Everything in it’s right place”, onde, um sintetizador toca devagar e barulhinhos estranhos o seguem, daí do nada, como se fosse qualquer outro instrumento, Thom Yorke emula sua voz à melodia, tornando-se parte daquela construção de sentidos sem sentido. The National Anthem” começa com um forte riff de baixo que se segue por toda a música , até chegar ao auge, um solo gritante, que diferente do convencional, não é feito por uma guitarra, e sim, por instrumentos de sopro. Mas um exemplo de genialidade do disco é “Idioteque”, a música mais dançante (?) do álbum é justamente uma das poucas onde a letra quer dizer alguma coisa, não apenas servindo de complemento instrumental.

Enfim, eu demorei a entender o Kid A. Você poderá demorar também. Mas com certeza nossos filhos irão entender de primeira.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Blur Returns.





Há pouco mais de 6 meses eles anunciaram o retorno, e, desde sábado passado, o retono é realidade,BLUR IS BACK! O show de volta aconteceu dia 13 de Junho na Inglaterra, pelos vídeos postados na internet pode-se concluir algumas coisas importante:

1 – Eles estão se divertindo.

2 – Estão Tiozões de Pub.

3 – Damon Albarn gordinho é muito tr00.

4 – A volta não parece ser nada caça-níquel.

5 - O SET LIST ESTÁ SENSACIONAL!



Pra quem não acompanhou a saga desse esperado retorno, é bom saber que, há 9 anos, o Graham Coxon (guitarrista) abandonou a banda por desentendimentos com o Albarn (vocalista) e desde então, tocou sua carreira solo pra frente. Depois da saída de Coxon, o Blur lançou apenas mais um disco, o mediano Think Tank de 2003. Depois desse disco, Albarn criou o divertido - e porque não revolucionário? - Gorillaz, e pouco tempo atrás o excelente The Good, The Bad and The Queen. Mas agora, depois de muitas especulações, a volta é realidade para os fãs (me incluam aí), e o grande show acontecerá no dia 28 de Julho no Glastonbury.

Assistam o vídeo de Parklife e comprovem o clima de descontração entre amigos, sem nem um pouco do estrelismo esperado para uma volta deste porte.

Um disco novo pode sair e um showzinho no Brasil não seria nada mal.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Top 5: Românticos não convencionais.


5º Lugar: Eddie Vader (Pearl Jam) - Wishlist


Provando que um grunge sujo pode amar, Mr. Eddie Vader canta desejos de ser um homem sempre melhor para sua amada.






4º Lugar: Bob Dylan - I want you




O simples fato de se querer alguém é bastante direto. Não com o Dylan louco de 66, aqui ele tranforma um desejo simples em uma música onírica cheia de viagens e citações obscuras de uma mente perturbada.




3º Lugar: Ringo Starr (Beatles) - Octupus's Garden





O mais Loser dos Beatles cria um lugar onde poderá ter paz com sua amada. E o lugar é Under The Sea...mais absurdo impossível.






2º Lugar: Graham Coxon (Blur) - You're So Great





Triste, sem sono e bêbado, Graham escreveu a canção de amor mais linda do Brit Pop.




1º Lugar: Syd Barrett - Love You








Sidão Barreto era tudo, menos romântico. É ai que você se engana, o ex- líder do Pink Floyd tem um punhado de canções de amor que fariam até McCartney ficar envergonhado. Em Love You, ele dissolve esse amor todo no ácido e a viagem é curta...mas intensa.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Wolverine Begins, MESMO!








Nos anos 80, os quadrinhos de super-heróis chegaram ao auge. O porque disso é simples, pela primeira vez os heróis eram tratados como pessoas normais, com frustrações, limitações e desejos nem sempre tão altruístas. Nada de Super-Man, quem vendia mesmo na DC era o Batman. Nada de Capitão América quem comandava as melhores histórias da Marvel eram os X-Men e o Demolidor. Sem contar os novos heróis (anti-heróis) e as graphics novels com temas sérios que também vendiam bem e elevavam o conceito que as pessoas comuns tinham em relação às historias em quadrinhos. Pra se ter uma idéia a revista Rolling Stone indicava a leitura de O Cavaleiro das Trevas como algo indispensável para ser considerado cool na época.

Os culpados por elevar o conceito de história em quadrinhos eram os novos autores, jovens que haviam passado a infância e a adolescência lendo e relendo as revistas de seus heróis prediletos. Alan Moore, Neil Gaiman, Frank Miller são os mais importantes autores de quadrinhos dessa época. Mas um cara tinha começado a nova leva de boas histórias um pouco antes, Chris Claremont, responsável por 16 anos à frente do titulo principal dos X-Men ( 1976-1991).


Foi Chris Claremont o responsável pela popularização do Wolverine, que vinha ganhando cada vez mais destaque no universo Marvel (lembrando que o personagem havia sido criado como um antagonista para o Hulk), tendo a idéia de pela primeira vez fazer o anti-herói estrelar uma história só sua. Então, em 1982, recrutou Frank Miller - que havia salvo o título do Demolidor de entrar no limbo editorial, e escreveu uma minissérie em 4 partes sobre o relacionamento definitivo do Wolverine com o Japão.

E é essa mini que a Panini relança agora em capa dura e excelente qualidade, na cola do péssimo filme X-Men Origens: Wolverine. Na história Logan vai ao Japão encontrar um grande amor do passado que está se casando, e se mete em grande encrenca com o Tentáculo, gangue ninja que Miller havia criado na introdução da bela Elektra nas historias do Demolidor. O mais curioso é que a partir dessa mini, Wolverine começa a ter seu passado moldado, quando descobrimos que o mesmo já teve um passado no Japão e é considerado um Samurai Defeituoso (por tentar manter um código de honra, mas não conseguir), e ter vivido uma grande paixão por lá.

No encadernado da Panini ainda se encontra dois números de Uncanny X-men, contando a repercussão da mini nas histórias da equipe do Prof. Xavier. O mais legal é saber como andava a equipe naquela época, pouco depois da clássica saga da Fênix. Enfim, Eu, Wolverine é leitura obrigatória para os fãs de quadrinhos.


Eu, Wolverine custa R$26,90, tem 148 páginas e pode ser encontrada tanto em bancas quanto em livrarias.



Wolvie Pop Art

quarta-feira, 10 de junho de 2009

E a verdade é: o Kasabian me pegou de surpresa.







Juro que não esperava mais nada dessa banda que me fez tão feliz em 2004 e ainda me fez cantarolar em 2006 (Shoot the runner, shoot shoot the runner...). Quando o disco novo vazou[Kasabian: The West Rider Pauper Lunatic Asylum,Inglaterra, 2009] peguei pra ouvir sem compromisso algum e ainda dei uma pequena ignorada na primeira vez que ouvi, mas depois percebi que “Fast Fuse” era uma porrada na cara de todo mundo que não esperava mais nada do grupo, e lembrei que as melhores coisas aparecem de onde não se espera mais nada.


Kasabian surgiu no início dos anos 00, época em que a mídia voltava toda sua atenção para as bandas indies que surgiam e lançavam seus primeiros discos; Bloc Party, Clap Your Hands Say Yeah, Arcade Fire,We are Scientists, Arctic Monkeys, entre diversas outras. Tudo culpa dos Strokes, não se esqueça disso. O que fazia a diferença eram as músicas de pista com conteúdo, que a banda fez questão de demonstrar em suas letras e clipes, algo como os Stone Roses no início dos anos 90.

Com o disco novo, a dupla cabeça da banda, Tom Meighan e Sergio Pizzorno (outra semelhança com o Stone Roses que também tinha uma dupla como principais idealizadores) conseguem manter o padrão Kasabian de qualidade. Abrindo com a desafiante "Underdog", sendo seguida da reflexiva "Where did all the love gone", tem ainda a fúria de "Fast Fuse", a participação da atriz nerdpracacete Rosario Dawson em "West rider silver bullet" e termina com a beleza de uma balada do Kinks em "Happiness", o disco desce redondo tanto em casa quanto em qualquer festinha com os amigos.

O clipe do (Excelente) Single "Fire" :

terça-feira, 9 de junho de 2009

Prefácio.

Blog novinho, novinho.

Tô cheio de idéias pra por em prática. Espero mesmo que consiga fazer tudo que quero com esse blog e mantê-lo na ativa por muito tempo. Aqui vocês lerão resenhas e/ou indicações sobre CDs, Quadrinhos, Séries, Animes, etc. Cultura Pop em geral, ou qualquer outra coisa que dê na cabeça encaracolada deste que vos fala.

Prometo em breve postagens sobre o CD novo do Kasabian e a edição especial Eu, Wolverine de Chris Claremont e Frank Miller.