quinta-feira, 11 de junho de 2009

Wolverine Begins, MESMO!








Nos anos 80, os quadrinhos de super-heróis chegaram ao auge. O porque disso é simples, pela primeira vez os heróis eram tratados como pessoas normais, com frustrações, limitações e desejos nem sempre tão altruístas. Nada de Super-Man, quem vendia mesmo na DC era o Batman. Nada de Capitão América quem comandava as melhores histórias da Marvel eram os X-Men e o Demolidor. Sem contar os novos heróis (anti-heróis) e as graphics novels com temas sérios que também vendiam bem e elevavam o conceito que as pessoas comuns tinham em relação às historias em quadrinhos. Pra se ter uma idéia a revista Rolling Stone indicava a leitura de O Cavaleiro das Trevas como algo indispensável para ser considerado cool na época.

Os culpados por elevar o conceito de história em quadrinhos eram os novos autores, jovens que haviam passado a infância e a adolescência lendo e relendo as revistas de seus heróis prediletos. Alan Moore, Neil Gaiman, Frank Miller são os mais importantes autores de quadrinhos dessa época. Mas um cara tinha começado a nova leva de boas histórias um pouco antes, Chris Claremont, responsável por 16 anos à frente do titulo principal dos X-Men ( 1976-1991).


Foi Chris Claremont o responsável pela popularização do Wolverine, que vinha ganhando cada vez mais destaque no universo Marvel (lembrando que o personagem havia sido criado como um antagonista para o Hulk), tendo a idéia de pela primeira vez fazer o anti-herói estrelar uma história só sua. Então, em 1982, recrutou Frank Miller - que havia salvo o título do Demolidor de entrar no limbo editorial, e escreveu uma minissérie em 4 partes sobre o relacionamento definitivo do Wolverine com o Japão.

E é essa mini que a Panini relança agora em capa dura e excelente qualidade, na cola do péssimo filme X-Men Origens: Wolverine. Na história Logan vai ao Japão encontrar um grande amor do passado que está se casando, e se mete em grande encrenca com o Tentáculo, gangue ninja que Miller havia criado na introdução da bela Elektra nas historias do Demolidor. O mais curioso é que a partir dessa mini, Wolverine começa a ter seu passado moldado, quando descobrimos que o mesmo já teve um passado no Japão e é considerado um Samurai Defeituoso (por tentar manter um código de honra, mas não conseguir), e ter vivido uma grande paixão por lá.

No encadernado da Panini ainda se encontra dois números de Uncanny X-men, contando a repercussão da mini nas histórias da equipe do Prof. Xavier. O mais legal é saber como andava a equipe naquela época, pouco depois da clássica saga da Fênix. Enfim, Eu, Wolverine é leitura obrigatória para os fãs de quadrinhos.


Eu, Wolverine custa R$26,90, tem 148 páginas e pode ser encontrada tanto em bancas quanto em livrarias.



Wolvie Pop Art

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